A Instrução dos Amantes, Inês Pedrosa

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A Instrução dos Amantes, Inês Pedrosa. ISBN 972-42-1637-3.Círculo de Leitores, 1997. 214 pp. Edição encadernada e com sobrecapa. 13 x 20,3 cm 

 

«A morte é a única testemunha da paixão. Tem ciúmes dos corpos e queima- os devagar. Quando os corpos se entregam ao império dos seus lumes é a morte que os ilumina».

 

«A Instrução dos Amantes conta a história de um grupo de amigos. Adolescentes, vivem os dias em que aprender a ser quase adultos, ora mauzões, ora magnânimos na fidelidade ao grupo e ao líder, embrenhados em brincadeiras e gloriosos nas pimeiras conquistas. Ao princípio parece uma história infantil: as aventuras do bando, nada mais. "Eles não tinham senão a sabedoria pura dos afectos brutos. Surrupiavam os espelhos dos elevadores só pelo prazer de os esmigalhar pelas escadas, de se observarem multiplicados neles, e de esperar que algum estranho acabasse por se ferir. Estragar os adereços do mundo trabalhador e roubar-lhes pequenas utilidades, como carros e dinheiro, era cumprir uma missão de rigor e limpeza." Depois torna-se mais sério; quando estala a louca paixão de Cláudia por Dinis, que a recebe do alto do seu alheamento, percebemos que o romance também cresce em torno de uma ferida, Talvez a primeira, a grandiosa, com que se é instruído no artificioso fogo do amor; "É para tu veres como é o amor. Para não teres pena nem pressa. Ele há de vir, e depois h-de ir-se embora. Vem tudo nos romances", diz Ana Carolina, a filósofa.

A Instrução dos Amantes desenvolve-se em redor da aprendizagem dos afectos, da descoberta dos outros, a ceder o passo à lucidez que a dor vai impondo, atravessando as alegrias trágicas dos quinze anos. Sim, não há período da vida que seja mais tortuoso, e Inês Pedrosa tira-lhe o retrato com a habilidade dos que nunca deixaram completamente de pensar assim, de amar e de sofrer assim, como então, quando se era virgem e ao mesmo tempo invulnerável, porque o que era novo se recebia com a sede insaciável dosbens do mundo. O romance é simples, romântico e lúcido, cheio da candura dos fiéis aos sonhos.»

 

Ana Isabel-Bastos in Sábado

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