Duas Rainhas em Tempo de Novos Equilíbrios Europeus

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Duas Rainhas em Tempo de Novos Equilíbrios Europeus, de Isabel Drumond Braga e Paulo Drumond Braga. ISBN: 9789724247144. 424 pp. Capa Dura. Círculo de Leitores.

D. Maria Francisca Isabel de Saboia (1646-1683) foi uma rainha para dois reis, ao casar-se em 1666 com D. Afonso VI e em 1668 com o regente D. Pedro, futuro D. Pedro II, após ter conseguido a anulação do primeiro matrimónio, supostamente nunca consumado. Depois de tempos iniciais muito turbulentos quer do ponto de vista político quer do ponto de vista emocional, encontrou a estabilidade familiar com o segundo marido, de quem teve uma única filha, D. Isabel Luísa Josefa. Ao longo dos dezassete anos que viveu em Portugal, a rainha manteve estreitas relações com a França de Luís XIV e preocupou-se sobretudo com a educação e o casamento da filha, a coroação do segundo marido (o que se articula diretamente com a posição de herdeira da Coroa por parte da filha do casal) e todos os atos típicos das consortes régias, tais como a obtenção de mercês para os seus apaniguados. D. Maria Francisca Isabel morreu aos 37 anos e foi rainha-consorte durante menos de dois, uma vez que após o segundo casamento passou a princesa, embora quase todos continuassem a dar-lhe a antiga dignidade. Tal situação só se inverteu com a morte de D. Afonso VI, três meses antes do seu próprio falecimento.

 

D. Maria Sofia Isabel de Neuburg (1666-1699) foi rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Pedro II, ocorrido em 1687. O enlace, que significou o fim da hegemonia francesa em Portugal,
anunciando novas alianças, garantiu a continuidade dinástica e saldou-se pelo nascimento de sete filhos. Devota, esmoler, pouco amada pelo marido, sentiu-se defraudada em muitas das suas expetativas e não é impossível que se tenha refugiado em prazeres algo inesperados, como a bebida e o jogo. Em termos políticos, as suas prioridades foram a aliança de Portugal com o Sacro Império Romano-Germânico e a proteção à sua família de origem. Se não conseguiu tudo o que queria, logrou pelo menos assistir ao envio do primeiro embaixador português a Viena, que, aliás, foi em parte escolhido por influência sua. D. Maria Sofia Isabel morreu a poucos dias de completar 33 anos de idade, ao fim de pouco menos de doze anos de presença em Portugal.

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